PRODUÇÃO
DE TEXTO
Paixão:s.f. Sentimento intenso que possui a capacidade de alterar o
comportamento, o pensamento etc; amor, ódio ou desejo demonstrado de maneira
extrema.
Atração intensa por algo ou alguém: tem paixão pelo namorado. Excesso de entusiasmo; emoção: afirmava sua teoria com paixão. Adoração por alguma coisa em específico:
paixão por cinema. Algo ou alguém que causa paixão: a filha é a paixão dos
pais. Opinião fervorosa acerca de alguma coisa; fanatismo. Religião. Os
tormentos sofridos por Jesus Cristo; o martírio de Cristo. (latim: passio.onis) Fonte: http://www.dicio.com.br/paixao - Adaptado
Caro aluno, os dois textos a
seguir servirão de base e inspiração para a produção de um texto
predominantemente argumentativo em defesa de uma tese sobre a sua maior paixão.
Minha paixão pela leitura
Minha paixão pelos livros e pela leitura começou lá atrás. Na verdade eu
nem sabia ler, quando ganhei dos meus pais meu primeiro livro: “Quem cochicha o
rabo espicha”. É claro que eu não sabia ler, deveria ter uns 3 anos. Mas eu
amava aquele livro. Tenho uma lembrança tão nítida de como pra mim era
interessante o fato de as páginas se combinarem de maneiras diferentes, e a
cada combinação diferente eu poder fazer um bicho diferente. Pra mim, os livros
começaram a ser interessantes desde então.
Me lembro de meu 1º livro com textos, quando eu estava me alfabetizando:
“Paquito e Pepita”. E eu fiquei maravilhada com a história, e com o fato de
poder ir lendo sozinha e descobrindo o mundo daqueles papagaios.
Me lembro de um livro bem especial que a professora passou na 4ª série
para aquelas crianças na fase da pré-adolescência. Foi meu primeiro livro sem
gravuras e pela primeira vez eu chorei ao ler alguma história: Fernando Sabino
– “A vitória da infância”. (...) Desde então eu descobri que livros podiam me
fazer companhia, podiam me entreter, podiam me consolar e podiam me ensinar
muito! Eu aprendi sobre política, sobre o amor e o ódio, sobre o perdoar e não
perdoar. Aprendi a gramática portuguesa! Comecei a ser a ser a melhor na minha
turma em redação.
(...)
Por toda a minha adolescência escrevia poemas com minhas inspirações
amorosas e platônicas, e fiz um caderno, que hoje, analisando friamente,
aqueles poemas eram tão ruins! haha… Mas eu me divertia! Também era a poetisa
oficial das minhas amigas, que quando queriam impressionar seus namorados,
“encomendavam” um poema comigo.
Aos 15 anos comecei a blogar, porque queria escrever sobre as coisas que
eu sentia, que eu passava, que eu pensava. Meus blogs muitas vezes eram
anônimos. Eu só queria usar o blog como um escape. A escrita sempre foi uma
forma eficaz de me expressar.(...)
A paixão pela leitura e pela escrita em mim é tão forte, que isso se
tornou pré-requisito para a escolha de quem eu namoraria. Eu não queria ao meu
lado alguém que falasse e escrevesse errado, que não tivesse lido muitos livros
pra conversar comigo sobre eles. (...)
Hoje em dia, sou devoradora de livros. Leio, mergulho, vivo cada livro.
Levo dentro da bolsa pra ler no ônibus. Quando a história está muito boa, desço
do ônibus e vou andando e lendo ao mesmo tempo (já fiz isso tantas vezes!). Se
o personagem está deprimido, eu fico junto. Se ele está apaixonado, eu também
estou. Se eu estou lendo um livro forte, nem tente brigar comigo! Meus nervos
são um reflexo do que estou lendo. E eu me inspiro a cada história e tenho
vontade de escrever e escrever, a cada vez que eu fecho o livro pela última
vez, com os olhos cheios de lágrimas e meu coração palpitando.
(Fonte: http://marianacruz.com.br/minha-paixao-pela-leitura)adaptado
Minha
paixão pelo judô
Thiago Camilo
Ser campeão é muito bom e mais
ainda bicampeão numa competição tão importante como os Jogos Pan-Americanos...
mas aprendi que nem sempre precisamos ser o campeões para sermos vencedores.
Fui para os Jogos Olímpicos para ser campeão e foi difícil lutar pelo bronze
poucos minutos depois de uma derrota. São conquistas e momentos diferentes da
minha carreira.
Minha paixão pelo Judô nasceu
depois da minha primeira experiência competitiva, quando eu tinha sete anos.
Foi uma competição interna da academia. Antes disso, tudo era brincadeira. Foi
em 1997, quando me mudei de Bastos para São Paulo para integrar o Projeto
Futuro no Ibirapuera, que o esporte deixou de ser somente diversão e passou a
ser encarado por mim como profissão, algo muito mais sério. Foi uma decisão
difícil trocar uma cidade do interior por São Paulo, mas era isso que eu queria:
viver pelos meus sonhos. Foi uma grande decisão, talvez a mais difícil da minha
vida. Deixamos para trás toda nossa história, saudades, nosso irmão caçula...
mas era isso o que queríamos: crescer e ir em frente. A maior dificuldade foi
me afastar da minha cidade, família e amigos que foram deixados para trás, mas
meu sonho e objetivo sempre foram maiores do que as minhas dificuldades.
Apesar de todo sonho, tanto
empenho e muito trabalho, na realidade, não tinha muita noção de quanto uma
medalha olímpica era importante. Depois da conquista, muitas oportunidades e
portas se abriram. Sem dúvida, na carreira de um atleta, é muito importante ter
resultados como esses, que vêm através de muito esforço. Fico muito feliz por
ser o medalhista mais jovem, é uma honra e isso me ensinou muito e me deu muito
mais força para lutar. Mas, no geral, foi uma surpresa até para mim. Eu tinha
18 anos em Sydney e sabia que podia fazer uma boa competição, mas ser
medalhista realmente foi surpreendente. Fico muito feliz porque ficará para
sempre na história do esporte.
O esporte foi fundamental para todas as etapas do meu crescimento e
acredito ser assim para qualquer criança que seja apresentada ao esporte desde
cedo, aprendendo seus valores. O esporte moldou meu caráter e minha
personalidade. O judô me ensinou que temos de batalhar pelos sonhos e pelos
objetivos, não desistir e persistir sempre. Nada é de graça, temos de ter muita
determinação, disciplina e responsabilidade para as coisas acontecerem.
Fonte: http://www.esporteessencial.com.br/entrevista/tiago-camilo-judo
- adaptado